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Pólen de bétula e maçã: Qual é a conexão?

Marina, 17 anos, e Pedro, 19 anos. Os dois têm histórico de alergia ao pólen de bétula e visitam seu médico após experimentarem sintomas orais ao comer maçãs: Marina apresenta um intenso prurido oral e Pedro apresenta edema oral e desconforto na garganta.

Ambos têm rinite durante a primavera e no início do verão. Esses sintomas pioraram para Marina, mas permanecem estáveis para Pedro.

O médico de Marina e Pedro realiza um histórico clínico completo e um exame físico em ambos, e decide fazer testes usando componentes de maçã.
 

Dois adolescentes com alergia a pólen de bétula apresentam sintomas orais ao comer maçãs e rinite durante a primavera.

Histórico do paciente

História familiar

  • Nenhuma

Histórico pessoal de Marina e de Pedro

  • Rinoconjuntivite durante a primavera e no início do verão.

 

Teste cutâneo

Teste

Tipo

Resultados de Marina

Resultados de Pedro

Bétula

Alérgeno completo

+4

+3

 

Os resultados dos testes de Marina e Pedro foram negativos para gramínea, artemísia, gato, cão e ácaros.

 

Resultados do teste ImmunoCAP (kUA/l)

Teste

Tipo

Resultados de Marina

Resultados de Pedro

Bétula

Alérgeno completo

16

12

 

Os médicos anteriores de Marina e de Pedro diagnosticaram que eles tinham alergia ao pólen de bétula e prescreveram anti-histamínicos e esteroides locais para uso durante a temporada do pólen de bétula.

Resultados dos testes ImmunoCAP de Marina e Pedro

Esses resultados, juntamente com o histórico e os sintomas do paciente, ajudam a confirmar o diagnóstico.
 

Resultados do teste ImmunoCAP (kUA/l)

Teste

Tipo

Resultados de Marina

Resultados de Pedro

Bétula

Alérgeno completo

22,4

15,8

Maçã

Alérgeno completo

16,2

12,7

Bet v 1

Componente de alérgeno

21,1

14,6

Bet v 2

Componente de alérgeno

<0,1

<0,1

Bet v 4

Componente de alérgeno

0,2

<0,1

Mal d 1

Componente de alérgeno

15,3

8,2

Mal d 3

Componente de alérgeno

<0,1

6,4

Diagnóstico diferencial

Marina

Os resultados positivos do teste de Marina para a proteína PR-10 Mal d 1 sugerem que seus sintomas orais ao comer maçã são consequência de sua alergia ao pólen de bétula.1 Futuramente, ela pode apresentar sintomas a outros alimentos vegetais que contenham PR-10, como avelãs, peras, cenouras ou aipo.
 

DIAGNÓSTICO APERFEIÇOADO

  • Alergia a maçã relacionada ao pólen de bétula.
     

PLANO DE GERENCIAMENTO DO MÉDICO

O médico de Marina orienta ela a:

  • Evitar maçãs cruas, se for desagradável, mas maçãs cozidas podem ser toleradas.
  • Ela foi orientada a continuar usando anti-histamínicos para os sintomas da alergia ao pólen de bétula, iniciando o tratamento duas semanas antes da temporada.
     

ACOMPANHAMENTO

  • Marina visita seu médico um ano depois — ela tem evitado maçãs cruas e, desde então, não teve mais nenhum problema.
     

Pedro

Pedro tem anticorpos IgE à proteína de transferência lipídica (LTP, Lipid Transfer Protein) da maçã, chamada Mal d 3, que é associada a um risco maior de desenvolver reações graves e sistêmicas.2
 

DIAGNÓSTICO APERFEIÇOADO

  • Alergia ao pólen de bétula, alergia a maçã dependente da proteína de transferência lipídica.
     

PLANO DE GERENCIAMENTO DO MÉDICO

O médico de Pedro o orienta a:

  • Evitar rigorosamente as maçãs e ser cauteloso com outras frutas e nozes.
  • Sempre ter consigo um autoinjetor de adrenalina de emergência.
  • Ele também foi orientado a continuar usando anti-histamínicos para os sintomas da alergia ao pólen de bétula, iniciando o tratamento duas semanas antes da temporada.
     

ACOMPANHAMENTO

  • Pedro tem uma consulta com seu médico um ano depois. Ele continuou a evitar a maçã em todas as formas, está bem e em forma, e seu médico verifica sua técnica de autoinjetor e está satisfeito.

As pessoas, lugares e eventos descritos nestes estudos de caso e fotografias não representam pacientes reais e não estão associados de nenhuma forma à Thermo Fisher Scientific.

Referências

 

  1. Ebo DG, et al. Sensitization profiles in birch pollen-allergic patients with and without oral allergy syndrome to apple: lessons from multiplexed component-resolved allergy diagnosis. Clin Exp Allergy. 2010;40:339–347. doi: 10.1111/j.1365-2222.2009.03345.x
  2. Gomez F, Aranda A, Campo P, et al. High Prevalence of Lipid Transfer Protein Sensitization in Apple Allergic Patients with Systemic Symptoms. Hogan SP, ed. PLoS ONE. 2014;9(9):e107304. doi:10.1371/journal.pone.0107304.